quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Canto

Rosto, orelha (sangrenta, arrancada, cortada pela metade), entra pelo ouvido,
O som doce dos trombones de frutas do circo tocando em minha cabeça,
Dentro de mim, tocando meu coração,
Nessa cantiga de grilo
Como um chamado,
Um canto de sereia, me atraindo de volta,
Ao qual minha alma responde,
Clamando de volta,
Como se detro de mim houvesse um templo
INDESTRUTÍVEL!
Onde vivem e entoam um mantra,
As mongesmonjasmulheresfemininasfemininjasanciãsancestraisacrobataspalhaçaspirofágicas
PIROMANCER!
Recitam um canto mandando-me de volta para casa.
Nem toda saudade tem que ser azeda
A saudade do circo é doce.
Daqui a pouco não mais será saudade.
Daqui a pouco, a saudade estará morta e enterrada
E o coro do meu coração, junto com os trombones do circo será a música mais linda já tocada.
O coração estará em casa.
A saudade estará morta
E eu estarei de volta ao lar.
(voando e queimando)
(despida e selvagem)