quinta-feira, 16 de maio de 2013

Fazer dieta ou passar fome? Qual vai ser?


                  Estava ~surfando~ pela internet, quando vi o seguinte artigo: "Comer pra que? Fazer jejum está na moda!"e fiquei meio sem entender... Por vários motivos. Não, não sou burra, nem tapada para não entender que tem gente que passam 65745564666 dias sem comer, isso até uma criança de cinco anos de idade entende! Mas, assim... Sério.
          
                  POR QUE uma pessoa em sã consciência deixaria de COMER, que é uma coisa tão boa, pra ficar magra? Eu não estou dizendo que todo mundo deve ficar gordo, que deve deixar de ir para a academia e essas coisas todas, né, minha gente... Mas fico me perguntando o que se passa na cabeça de uma pessoa que deixa de comer porque, segundo REZA A LENDA, ela ficará mais magra e com mais energia! (a minha gordinha interior e a exterior também se espanca e chora em desaprovação!)

                Glória Maria me aparece com uma dessas: “Trouxe para casa um kit que ajuda no processo, com xarope e vitaminas, experimentei e amei, nunca mais deixei de comprar. Quando faço, me sinto cheia de energia e muito, mas muito magra!”. E eu só fico me perguntando duas coisas: primeiro, MINHA FILHA, COMO VOCÊ CONSEGUE PASSAR FOME? E segundo, COMO É ISSO DE SE SENTIR CHEIA DE ENERGIA, SE SENTIR MUITO MAGRA, TUDO BEM, NÉ, PORQUE VOCÊ ESTÁ QUERENDO COMPETIR COM AS CRIANÇAS NA ÁFRICA, MAS ENERGIZADA??? Minha gente, eu preciso COMER pra me sentir energizada, sério. Se eu não comer, eu não consigo nem me levantar da cama, quem dirá fazer alguma coisa que um ser humano faz! OK, vamos fazer três perguntas: COMO É ISSO, DEPOIS DE PASSAR UM ANO DE FOME, VOCÊS NÃO COMEM ATÉ UM RINOCERONTE, NÃO? Porque, se eu passasse um dia sem comer, eu acho que comeria um rinoceronte assado, uma vaca crua e três porcos com molho agridoce, risotto e ainda pediria por um pote de sorvete de sobremesa!

              Sei lá, não consigo ficar mais de três horas sem comer, imaginem três dias! Seria impossível pra mim! Comer é bom e pronto! “Jejum” é só um nome bonito e chic que ~a sociedade~ e ~o homem capitalista~ dão para “passar fome”. As crianças da África não passam fome, mas Gwyneth Paltrow e Salma Hayek ~fazem jejum~. Não tem diferença. E, pra mim, não importa se a sensação, segundo dizem, de fazer esse jejum é me sentir magra e energizada, eu prefiro a sensação boa que invade meu corpo quando eu como uma coisa gostosa. Muito melhor!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

BILLIE JEAN IS NOT MY LOVER...


                   Estava pensando sobre pessoas inteligentes e o modo como elas demonstram isso para as pessoas ao redor delas. Alguém além de mim já parou para perceber que tem gente extremamente inteligente mas que, quando abre a boca pra falar, você já está abrindo a boca para bocejar, de tão entediante que ela parece ser? Mas existem outras que, quando abrem a boca para falar, você apura os ouvidos para ouvir o que ela tem a dizer.
                
               Talvez seja o tom de voz e a postura das pessoas que te fazem querer ou não ouvir o que elas tem a dizer. Talvez seja o amor e empolgação que elas usam para falar. Às vezes eu acho que existem pessoas que acham que ser inteligente é tanto uma obrigação (o que, na minha opinião, é uma obrigação), quanto demonstrar para os outros que elas são inteligentes. E aí existem outras pessoas que são inteligentes e mostram isso a você de uma forma tão natural que te faz sentir prazer em conversar com elas.
               
              Acho que a diferença entre essas pessoas é que as que tornam esse “ser inteligente” uma obrigação é o fato de que, muitas vezes, essas pessoas só fazem isso para meio que humilhar e diminuir as outras pessoas.  “Conhecimento é poder”, isso é bem verdade, mas ninguém tem que agüentar uma pessoa assim. Aliás, ninguém tem que agüentar, e ninguém quer. Pessoas assim acabam se tornando chatas e levando outras pessoas a sentirem vontade de dar tiros nelas. Sério. Eu sei porque comigo é assim.
            
              E então aparece aquela pessoa que não faz isso por exibicionismo, que é uma coisa natural de quando se está conversando com ela. E nos olhos dela, na empolgação, você vê que a pessoa não está falando com você sobre algo que ela entende porque ela se obrigou a saber. Você vê que a pessoa fala sobre o que ela gosta, apenas isso. E existem pessoas que amam o saber. Existem pessoas que gostam de aprender, de saber sobre o que estão falando. E são elas que vão ficar caladas quando não souberem de algo, vão ouvir e aprender. Do tipo de gente que se limita a falar besteira. Uma companhia agradável. O tipo de companhia que todo mundo deveria procurar ser. E que todos deveriam procurar ter.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

~ Hair.

             Quem não gosta de musicais, que feche a janela agora, ou continue lendo para sempre (até o final do post, I mean)! Principalmente se forem musicais antigos. Porque o filme de hoje é um musical de 1979. Por que? Porque esse musical é o amor da minha vida. Porque eu adoro assisti-lo em dias chuvosos. Ou em dias de sol. Ou em dias normais. Ou todos os dias. Antes de entrar no tema do filme, é impossível não fazer uma brevíssima retrospectiva histórica, só pra localizar vocês. Cinco palavras já são o suficiente: guerra do Vietnã e hippies. Preciso dizer mais?
             
             O filme é de 1979 (OK, só porque ele tem 34 anos, não quer dizer que seja ruim), e foi baseado numa peça da Broadway, conta com um excelente cast e ótimas músicas. Dessas músicas, tenho certeza que todo mundo já ouviu pelo menos uma dessas: "Age of Aquarius", ""Let the Sunshine In" e "Hare Krishna" (essa, pelo o que eu me lembro, tocou em alguma novela da Globo, na época que eu ainda assistia novela. Ou seja, há muito tempo).

             A história contada é a de Claude Bukowski (John Savage), que chega de Oklahoma a NYC com a finalidade de se alistar no exército, e conhece George Berger (o melhor e mais carismático de todos), interpretado pelo lindo, maravilhoso, talentoso e fofíssimo Treat Williams, a sem noção Jeannie, Woof lindinho e Lafayette (mais conhecido como Hud, e que não é o Lafayette diva de True Blood) e Sheila, por quem Claude se apaixona. Então, com esses novos amigos e um amor, Claude se vê num dilema: ir para o Vietnã e possivelmente morrer lá, ou ficar? Mas isso não é importante. OK, mentira minha.


Porém, o melhor do filme não é o amor de Claude e Sheila, são as músicas. E uma certa lição de vida: até onde uma amizade pode levar duas pessoas e, ainda, qual destrutiva ela pode ser? Além disso, fala de tabus, como a sexualidade na época, preconceito e drogas. Pois é, assim que coloca os pés em NYC, Claude experimenta um baseado. Depois, quando consegue sair da prisão porque George resolveu que dançar em cima da mesa de um baile chiquérrimo seria uma ideia épica (e foi), Claude, num acampamento hippie, dá uma super viajada com LSD, que ele recebeu de um cara
super parecido com John Lennon (eu acho parecido).

             Finalmente, "Hair" é do tipo de filme que pode ser assistido a qualquer hora, e com qualquer pessoa (menos comigo, que já decorei as falas), até mesmo com familiares, porque não há nudez. Aliás, é um filme sobre hippies, né... Tem nudez, mas não tem putaria. Mesmo que você esteja afim de parar para ver e analisar todos os caracteres da época que foram mostrados no filme, "Hair" pode ser só curtido, só como um passatempo, só para não ficar em casa sem fazer nada de interessante no domingo ou num feriado.

PS: Obrigada à minha mãe e avó (que foi 07 vezes assistir "Hair" no cinema, na época), que me disseram para ver o filme. Foi um dos melhores conselhos que elas já me deram, e foi uma das melhores coisas que já fiz na vida. Sério.