domingo, 18 de maio de 2014

Sobre os olhos.

Olhos.
Olhos que vêem,
Olhos que sentem,
Que expressam sentimentos.
Que são as portas da alma;
Os portões para um infinito...
Um infinito de estrelas, de poeira espacial de um ser.

Tristeza, felicidade, cansaço.
Tudo pode ser visto pelos olhos.
Os grandes reveladores de segredos.
Um olhar é o suficiente para mostrar o que alguém sente.
Mas nunca podem mostrar o que alguém não sente.
É tudo questão de Ação,
E não de Omissão.
Olhos não trabalham com omissões.

Olhos anciãos, de alguém que acha já ter vivido tempo demais.
Olhos curiosos, de um bebê que ainda tem uma vida toda pela frente,
Um mundo inteiro de coisas para ver e aprender.
Olhos que capturam todas as imagens,
Guardam impressões
De tudo, e de todos.

Olhos canibais,
Olhos sombrios.
Olhos maliciosos, de amantes que se encontram às escondidas...
Na calada da noite, sem ninguém mais saber.
Olhos tristes, que são como uma barragem:
Já tão cheios de lágrimas que a próxima a se formar, vai ser o suficiente para fazê-la rebentar.
Olhos atentos, arregalados, de alguém que acabou de apagar a luz do quarto,
E agora está no escuro.
Olhos alegres, de quem acabou de ter uma surpresa.
Olhos de gente que “sorri com os olhos”.

E meus olhos, não olhos cansados, nem inexpressivos...
Mas olhos curiosos, meio fascinados.
Observando o olho na tela feita com tinta óleo, e cores vivas:
Um olho que expressa a mistura de frenesi com choque,
De um soldado que acabou de ver um homem ser morto na Guerra.
E os olhos apáticos do homem morto.
Olhos sem brilho.

Olhos sem vida.
Olhos.