quinta-feira, 10 de maio de 2018

E vai.



O amor é o que nos une.


Queimamos juntos,
Por curtos, intensos e infinitos pedacinhos de Tempo.
Até não mais.
Até que a chama que nos une

S u b i t a m e n t e
                                 apaga!

E o fogo apaga, tão rápido quanto 
A explosão que o iniciou.
(rápido e cósmico)




Até que, por alguma razão, por efeito de Tempo, não mais.
Até que os hábitos antes adoráveis,
Os cheiros antes maravilhosos,
As piadas antes engraçadas,
Os delírios antes partilhados,
Todos os pequenos detalhes que antes
Causavam tanto amor
Passam a não ser mais.
Os hábitos se tornam irritantes,
Os cheiros se tornam repulsivos,
As piadas se tornam patéticas
E os delírios se tornam insanidade vilã.






Caiu na fogueira do amor
E tão logo se joga no rio do desamor.
(é como dizem, né…
ranço)
E acaba, mas tudo bem se acabar,
Ninguém é obrigado a amar para sempre,
Ninguém é obrigado a permanecer para sempre.





Você vai e eu vou,
Mesmo que eu vá primeiro,
Mesmo que eu apague por você primeiro
E comece a queimar por outro logo
(AINDA QUE EU VÁ PORQUE 
MEU FOGO POR MIM É MAIOR!)
E você ainda permaneça queimando por mim.
E vice-versa, tudo ao contrário.
Mesmo que você vá antes.
Parto, mas deixo em você parte de mim,
Mas é você quem decidirá
Se a parte de mim que está levando
Traz lágrimas e ressentimento
Ou se minha risada ressoa em sua cabeça
 E acompanha um sorriso.



Quanto a mim?
Também levarei uma parte de você comigo,
Asim como levo um milhão de outros “alguéns” em mim.
Disso, ninguém sai completamente ileso.
Sempre carregamos uma lembrança, seja boa ou ruim.
Algum hábito, alguma piada interna,
Mesmo que esta lembrança não seja sempre tão visitada,
Ainda está lá.
Esquecer é um privilégio ao mesmo tempo que maldição.
Mas já decidi como você restou em mim.






Por amor queimamos,
E por amor nos separamos.
Estaremos juntos,
Até que o próprio amor nos separe.

(não disse por quem)


Fotos autorais.