domingo, 8 de dezembro de 2013

Da banalidade ao devaneio.

No meio de uma conversa com um conhecido, comecei a falar dos meus dois melhores amigos.

“Uma combinação engraçada, vocês três.”, ele disse. “Uma lésbica, um gay e uma heterossexual.”

“Por que somos engraçados?”, perguntei já imaginando o que estava por vir.

“A lésbica não dá em cima de você, não? E o gay escolhe suas roupas quando vocês vão sair?”, ele comentou num tom de deboche.

E eu poderia ter dito várias coisas, poderia ter brigado com ele, mas eu sabia que a culpa por esse comentário ridículo não era só dele. Era de toda uma construção histórica e social, formada por preconceitos idiotas. E, apesar de ser heterossexual, esse comentário me atingiu profundamente. Porque eu amo meus amigos do jeito que eles são, sem tirar nem pôr.

Eu não queria ter que explicar, mais uma vez, pela milésima vez, que só porque eu tenho uma amiga lésbica, ela vai se apaixonar por mim. E que só porque um amigo meu é gay, ele vai escolher minhas roupas (apesar que às vezes eles tem um gosto muito melhor para roupas).

Explicar que são seres humanos também, e não aliens, que eles pagam contas como qualquer outra pessoa, que eles nasceram como são. Que entender isso é tão simples quanto entender e aceitar que há pessoas no mundo que amam ler e outras não. Ou que há pessoas que odeiam vegetais desde crianças. Entender é simples, mas as pessoas não querem deixar de lado os preconceitos, para ter uma chance de conhecer as pessoas como elas são, e se permitir de ter ótimas amizades.

Ora, se eu sou mulher e tenho amigos homens, os vejo falar sobre mulheres, então qual o problema de uma amiga falar sobre mulheres também? E qual o problema em ter um amigo falando sobre outros caras, se eu também falo sobre outros caras? Se dizem que é possível haver amizade entre sexos diferentes, teoria da qual também sou adepta, por que não pode haver amizade entre opções sexuais diferentes?

Para quê tanto ódio e preconceito, quando eu posso estar com pessoas que me aceitam, em todas as minhas estranhices, com todos os meus defeitos, neuroses e loucuras? Amigo é amigo, não importa cor, raça, sexo, opção sexual, nacionalidade ou espécie. Ou eu seria melhor do que eles só porque a minha opção sexual é a que segue os padrões estabelecidos na Bíblia, enquanto é esta mesma Bíblia que diz para amarmos ao próximo como amamos a nós mesmos?

Se a opção sexual de alguém for um defeito, aos olhos dos outros, somos todos defeituosos.

“Nós respeitamos as nossas escolhas.”, respondi secamente. “Porque é disso que uma amizade é feita. Respeito, acima de tudo, apesar das brincadeiras. E às vezes meu amigo gay escolhe minhas roupas... Não é culpa minha se ele tem mais senso de estilo do que muita gente por aí.”

E, parando para pensar, somos mesmo uma combinação engraçada. Mas somos a melhor combinação que eu poderia ter. É a melhor combinação para mim... É a melhor para curar minhas dores, exorcizar meu demônios e afastar todos os meus medos. E, se isso não for uma amizade, eu não sei mais o que é. E também prefiro ficar com as pessoas que me fazem bem, com a “combinação engraçada”. Porque opção sexual nunca, sob hipótese alguma, deveria ser parâmetro para medir o caráter de uma pessoa, nem quanto amor ela é capaz de te oferecer.

Estamos muito presos a essa história de “dever-ser”, estamos nos deixando levar pelos nossos preconceitos, e não estamos indo a lugar algum... Porque só acredito que estaremos progredindo quando eu vir os ensinamentos de John Lennon sendo colocados em prática, quando negros pararem de ser chamados de “macacos”, “neguinhos” e coisas do tipo... Quando uma pessoa que vive com outra do mesmo sexo puder adotar uma criança e dar o amor que toda criança merece, ao invés de vê-las nas ruas ou em orfanatos, mal cuidadas, mal amadas e abandonadas no mundo, como se tivessem sido esquecidas por Deus.

Quando eu puder ir ao casamento da minha melhor amiga e puder chorar litros durante a cerimônia. Que criem uma nova religião, se preciso for! Que criem um novo país, onde pessoas sem preconceitos e sem frescurites possam morar juntas, e viverem o tão sonhado "Felizes para sempre". Só assim eu direi que estamos evoluindo e nos tornando pessoas melhores, abandonando nossos preconceitos.


Foi assim que um simples diálogo na fila do pão se tornou numa média e patética reflexão sobre algo que todos já sabemos, mas ninguém quer admitir. Ou quer perceber que é assim que as coisas deveriam ser.




                                                                                                                 - a.s.       

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

"Happy 50th birthday, Doctor Who! You don't look a day over 49."


Neste sábado, Doctor Who faz 50 anos. E sempre me perguntam por que eu amo tanto Doctor Who. Às vezes me acham meio estranha por gostar tanto... Afinal, é só uma série de TV que tem 50 anos, não é mesmo? Na verdade, não. Não é, é mais do que isso... Muito mais. Mas como ao menos começar a tentar explicar meu amor por Doctor Who? Dizer “Meu amor por Doctor Who é como o vento, não podemos vê-lo, mas eu posso senti-lo.", ou “Sabe quando você descobre algo que se torna tão essencial para você, que às vezes você se pega se perguntando ‘como eu vivi até agora sem isso?” parecem boas opções. No entanto, isso não é nem perto do início. É só a ponta do iceberg do amor de uma whovian.

O Doctor, o deus que tenta ser humano, um deus de muitas caras... Ah, o meu Doctor! O “raggedy man” de Amelia Pond. O “wonderful man” do conto de fadas do Neil Gaiman. O timelord que já foi de uma Susan, de uma Sarah, de uma Leela, de uma Romana, uma Rose, uma Martha, uma Donna, e muitas outras e outros... Mas também meu.

O alien que já mudou de aparência 11 vezes, e que me ensinou tanto em, principalmente, três delas. Você nunca esquece o seu primeiro Doctor. E o meu foi o Nine. Sassy Nine. Mas não importa qual a geração, não importa o número, eu aprendi muito com o mesmo homem: aprendi que às vezes tudo pode dar certo, mesmo que não pareça. Que você deve fazer o que você acha certo. Que não importa o quanto você esteja machucado, você deve sempre ser gentil. Que às vezes o ar dos seus pulmões pode ser um ótimo presente. Que você deve deixar as pessoas seguirem com as vidas delas, que às vezes você vai perder amigos, mas isso pode ser bom para eles...

Que você nunca deve ficar sozinho, que uma mesma música tocando repetidamente pode te enlouquecer, que o medo do escuro não é irracional, na verdade, ele é totalmente justificável, que não há sentido em ser um adulto se você não pode ser infantil às vezes, que violência não é a saída para resolver seus problemas. E que se sentir atraída por um alien de pouco mais de 1.000 anos de idade é normal e socialmente aceitável, se estivermos falando do Doctor.

Mas acima de tudo, mas mais importante que qualquer coisa, foi que, em sua genialidade, este personagem incrível me ensinou que está tudo bem se você for diferente... Que qualquer pessoa que seja remotamente interessante é meio louca, e foi desse jeito que eu aprendi que estava tudo bem em ser como eu sou. Em não gostar exatamente das mesmas coisas que todo mundo gosta. Em ser quem eu sou. Foi assim que eu me encontrei, e me aceitei.

Então, apesar das lágrimas derramadas por causa dele, apesar dos pesares, é por isso que eu o amo tanto. É por isso que eu espero que venham mais 50 anos. E é por isso também, que não importa quanto eu me esforçe e tente colocar todo o meu sentimento relativo a Doctor Who num texto, numa poesia, em qualquer coisa... Eu nunca vou conseguir mostrar inteiramente como eu amo essa série.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Sobre ter filhos...

“Eu não quero ter filhos”, falei.
“Por que isso agora?”, foi a resposta que obtive.

Como dizer que os tempos não são mais os mesmos, sem parecer uma idosa? Sem parecer que minha idade mental é muito avançada em relação à minha idade verdadeira? Porque eu posso até ter uma idade mental meio avançada, mas eu gosto de ser infantil às vezes. Como dizer que eu tenho medo de que meus filhos se tornem o tipo de pessoa por quem não sinto nada além de pena e desprezo?

“Um dia desse, vi uns meninos chamando uma menina de porca só porque ela era gordinha.”, devaneei.
“Coisa da idade, normal....”, ouvi de volta.
“É normal ser zoado só porque você é diferente?”
“Sim... É coisa de criança e adolescente fazer isso.”

Então, como continuar dizendo que eu não queria que meus filhos fossem fruto de uma sociedade capitalista, cheia de futilidades, onde uma pessoa sofre por não seguir os padrões impostos por ela?
“Você agora é socialista?”, o comentário veio com um tom de deboche.
“Não... A questão não é a economia.”
“E o que é, então?”
“Se Marx tiver razão?”
“Quanto a quê?”
“Toda aquela coisa de ‘O homem é produto do meio’...”
“Agora você virou filósofa?”, o tom de deboche seguido de uma risada sarcástica foi como um tapa na cara.
“Sei lá... Não quero que eles sejam minhas cópias, nem sejam o que a sociedade quer que eles sejam... Mas também não quero que eles sofram por serem diferentes.”
“Você é muito revoltada!”

Percebi que não tinha como discutir. Não importava se eu argumentasse que não quero que meus filhos sofram porque eles são diferentes. Ou que eles sofram porque são iguais demais. Que eu quero que eles sejam, sim, diferentes. E que se orgulhem de sua individualidade. Que eles tenham opiniões próprias, e não só repitam o discurso implantado pela mídia, como meras ovelhas. Que, não importa se o mundo diga que eles estão errados em serem diferentes, eu amo o que é diferente, e as pessoas deviam amar o que é diferente também. Ser diferente é tão aceitável quanto seguir os padrões da sociedade... Ou, pelo menos, devia ser.

Que eles leiam livros e assistam bons filmes! Mas que, se quiserem assistir ao jornal ou à novela, está tudo bem, desde que eles sejam felizes. Que eles podem fazer dieta, se é o que eles querem... Se eles querem se sentir saudáveis e felizes com os corpos que eles têm. Mas não porque disseram para eles mudarem.

Quero que eles saibam que uma pessoa não é feliz pela quantidade de bolsas, sapatos e objetos que ela tem, que as marcas são só jogos de marketing para gastarmos com produtos desnecessários, que pensamos ser cruciais. Mas que, apesar disso, está tudo bem em ter bolsas e coisas da moda. No entanto, não é certo que a felicidade deles dependa disso.

Que o tão desejado status é algo passageiro, e que não se deve deixar de sair com pessoas que te fazem bem porque elas não tem status. Ou que desprezar alguém por sua opção sexual é tão imbecil e inútil que ninguém deveria se dar ao trabalho de fazer isso.

E se meu filho quiser brincar de Barbie, e minha filha, de carrinho? E se minha filha quiser um quarto azul e usar cueca, e meu filho quiser usar um vestido, mesmo que só de brincadeira? Devo proibi-los, só porque a sociedade manda? Devo aceitar calada quando fizerem piadas a respeito disso? Até onde os efeitos do mundo, das pessoas não vai mudá-los? Até que ponto eles não vão sentir vergonha de quem são? Até que ponto eles estarão protegidos do sofrimento causado por serem diferentes? Como fazê-los se sentir bem e felizes com quem eles são se, apesar dos meus esforços, outros destroem tudo?

Por que alguns pais dizem que vão mandar os filhos para a terapia quando eles “saem do armário”? Devo dizer a eles que eles não podem ter amigos homossexuais? E por que as pessoas acham que só porque você tem um amigo homossexual, você também é? Só porque você é menina e tem uma amiga lésbica, você não precisa ser também. E também não significa que ela queira ficar com você. Talvez você nem faça o tipo dela! E, mesmo que faça... Ela pode não estar apaixonada por você, pode não querer estragar a amizade... Assim como acontece numa amizade entre menino e menina. E, algumas vezes, quem se impede de ter uma amizade com uma pessoa assim, está perdendo uma GRANDE amizade. Porque amizade boa é aquela que, apesar das diferenças, vocês se entendem, e que não importa cor, raça, sexo, opção sexual... nada, porque o verdadeiro amigo, aquele que vale a pena conservar, é quem estará com você nos bons momentos, e estará pronto para te apoiar nos difíceis. Aquele que não vai te julgar nem te prejudicar. Poucas amizades são assim, nos dias de hoje. Mas elas ainda existem.

E O MAIS IMPORTANTE, para quê perder tempo criando e espalhando boatos só para prejudicar as outras pessoas? Isso é insegurança, para só conseguir se sentir bem consigo mesmo, ao causar mal ao outro? Ao diminuir o outro, para parecer maior? Que as pessoas se dediquem mais a bons livros e filmes, que se preocupem mais com o crescimento pessoal deles, que percebam que ninguém é melhor que ninguém, mas que uma pessoa pode sempre melhorar. E, se meus filhos forem vítimas disso? E, pior, se eles se tornarem os agentes, apesar de todas as minhas tentativas de dar-lhes uma boa educação?

É por causa de tantos medos, tanta ideologia, insegurança e pouco hedonismo, que transformo tantas dúvidas em uma certeza:

“Não quero ter filhos, só isso.”

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Do desapego...

Era a primeira vez que eu estava saindo de casa à noite. Tipo, sair com os amigos para beber e conversar. A primeira vez em oito anos. 

Oito anos namorando e para quê? Para ele acabar comigo e eu ficar na merda. Só isso.
Eu esperava um anel de noivado, e ganhei um pé na bunda.
Sou sortuda.
“Como ele pode ter feito isso comigo, depois de tanto tempo juntos?”, eu pensava sempre.
O que eu fiz de errado? O que nós fizemos de errado?
Como o companheirismo e amor que duraram oito anos acabaram desse jeito? Ah, se eu tivesse todas as respostas do mundo...
Como tudo aquilo que vivemos fora parar no lixo? Todas as cartas, presentes e fotos, tudo no lixo.

Tudo acabado com as simples palavras: “Acho que não dá mais...”. Eu não insisti, nem resisti. Sabia que não adiantava dar murro em ponta de faca. Ou talvez eu tenha sido muito orgulhosa. “Talvez, se eu deixar o orgulho de lado e ligar para ele...”, eu pensava. Mas eu nunca liguei.“Quando um não quer, dois não brigam.”, dizem. “Quando um não quer, dois não ficam.”, eu digo. É a lei da vida. Não ia adiantar eu ir atrás dele, sou dessas que acredita que, quando acabou uma vez, acabou para sempre. Não há volta, mesmo que eu quisesse.

Ele me deixou com um coração partido e muitas palavras por dizer. Talvez este tenha sido o problema, no final das contas... As coisas que não foram ditas. Isso e a falsa esperança criada pelos filmes de romance: você vai ficar para sempre com quem você ama. E você só ama verdadeiramente uma vez na vida.

Ora, e talvez você até fique... Talvez você só se apaixone uma vez na sua vida. Talvez você demore muitos anos para encontrar alguém, e talvez você nunca encontre a pessoa certa para você. Quem vai saber? E quem sabe que aquela pessoa com quem você está é A pessoa? Quem tem certeza disso? Acho que ninguém sabe de nada, afinal.

Mas aí você acorda um dia e tem uma epifania: o mais divertido é procurar pela “sua” pessoa. E o que você aprende com as outras nesse caminho. E então, a falta que você sentia da pessoa que saiu da sua vida já não é tão grande, o rancor já não é tão forte, e você já se conformou que ela não era para você.
E eu lembro das palavras de uma poetisa “tudo passa”, e penso que ela tem razão. E que achar o contrário é só efeito do calor do momento, a perspectiva de que você nunca vai sair desse estado de espírito é apenas momentânea.

Porque um dia você vai perceber que já não dói tanto pensar na pessoa. Basta querer. E dar tempo ao tempo. O tempo foi meu melhor amigo, me ajudou a me recuperar do trauma emocional pelo qual eu tinha passado.
O tempo e meus amigos. Ah, meus amigos! As pessoas que tanto negligenciei, mas que nunca deixei de amar... E o mais importante, que deixaram todas as minhas faltas de lado e me receberam de braços abertos, prontos a me ajudar. O que seria de mim sem eles?

Foi assim que aconteceu... Fui vivendo um dia de cada vez e, quando menos percebi, eu já estava pronta para outra. Pronta para conhecer gente nova, pronta para viver esta aventura de encontrar a minha alma gêmea. Clichê, sim. Clichê, sempre. Gosto de alguns clichês. Eu nunca achei que fosse conseguir desapegar, que fosse conseguir voltar à ativa e conhecer gente nova. Mas, pensando bem... Todo mundo acha isso depois de perder algo importante. De perder algo que, de certo modo, é insubstituível. Ou, pelo menos, que você pensa que é. Mas, como todo mundo, eu aprendi que tudo é passageiro.

A dor passa, e a vida continua.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

"Uma vez, no abrigo de idosos..."

Num dia de verão, eu conheci um senhor. 
Ele estava esperando para que eu lesse para ele.
Ele tinha 86 anos, seu nome era Wilf.
"Você me lembra uma antiga amiga.", ele disse.
"Uma amiga ou um amor?", perguntei.
"Os dois... Ela era minha amiga antes de se tornar meu amor e minha namorada."
E, com toda a curiosidade do meu ser, eu queria saber mais.
"O que aconteceu com ela?"
"Ela foi embora.", ele disse simplesmente.
Esperei ele falar de novo.
"Nos apaixonamos... Por outras pessoas."
"Sinto muito."
"Não sinta... Ela era minha melhor amiga, e era minha namorada, mas encontramos outras pessoas. É o normal da vida."
"Você não sente saudades dela?", quis saber.
"Muito."
"Sinto muito.", falei mais uma vez.
"De novo... Não sinta. Pessoas vão embora, pessoas morrem o tempo todo, você precisa ter isso em mente."
"Mas..."
"Você tem suas lembranças.", ele me interrompeu. "Algumas vezes, você sente a diversão, e os momentos que você teve com aquela pessoa, e não saudade da pessoa. Mas a gente confunde isso... E ninguém percebe que precisamos deixar as pessoas saírem da sua vida, assim como precisamos que elas deixem que a gente saia da delas... Pessoas vem e vão, entram e saem da sua vida o tempo todo, se acostume, e não fique triste... Fique feliz porque elas estiveram com você em algum momento. Lembre que você pode perder alguém, mas uma pessoa nova vai entrar na sua vida. Aprenda a deixá-las irem, aprenda a libertar.", e eu tinha certeza de que ele era o homem mais sábio que eu já conheci na minha vida.
Ele se tornou meu melhor amigo, e eu me tornei a dele.
Mas numa noite de inverno, ele me deixou.
E eu tive que deixá-lo ir.
Ele tinha 90 anos, e eu, 25. 
E doeu... Doeu muito.
Mas o tempo me ajudou, e eu o deixei ir.
Mas nunca o esqueci, ele era como meu avô, e eu era como sua neta, e foi assim que nos amamos.
Como avô e neta.

Agora, entro num quarto com um livro em minhas mãos, um livro que ele me deu, com as memórias daquele velho na minha mente.
As lágrimas não estão vindo, elas cessaram há muito.
Mas um sentimento bom aquece meu coração sempre que lembro dele.
"O que você vai ler para mim?", a senhora com uma carinha amigável me pergunta.
"Um clássico, você vai amar, prometo.", digo sorrindo.
"Então vamos logo com isso.", ela diz me dando um sorriso gentil.
"Vamos.", eu falo, sentando e abrindo o livro.
"Você não era amiga de Wilf?", ela me pergunta.
"Sim...", respondo.

Eu sei o que está por vir. Eu sei que vou me apegar a ela, e sei que vou perdê-la um dia... Porque é isso o que a vida faz com você.
Mas eu não me importo.
Não vou evitar as pessoas, não vou deixar de ser amiga dela por causa disso. 
Algum dia, eu vou ter que deixá-la ir também, eu sei. Mas isso não vai me parar.
Mais uma vez, eu lembro do sorriso de Wilf, quando ele me contava uma piada.
Sorrio e começo a ler o livro.
Ele estaria orgulhoso de mim.

domingo, 16 de junho de 2013

Bravo, Giorgio Faletti!

           Milão, prostitutas e uma tragédia que movimentou toda a cidade. OK, isso não é nada de mais, seria até normal para um livro escrito por um advogado (pois é, ainda pode haver alguma esperança para mim) italiano. Então, o que "Memórias de um vendedor de mulheres" tem que o faz tão especial a ponto de me fazer falar dele por meio deste post? Ora, eu digo: um cafetão sem pênis chamado Bravo.
         
          Sem mais delongas, vamos logo ao assunto: Bravo (um dos meus mil amores platônicos) e suas memórias.

          Sabe aquele livro que te envolve tanto que, quando você não o está lendo, se pega querendo saber o que vai acontecer a seguir? Pronto. É desse jeito que você vai se sentir quando ler "Memórias de um vendedor de mulheres". Quando eu fui comprar o livro, fiquei receosa porque não sabia do que se tratava exatamente. Eu só sabia que "Apenas os tolos e os inocentes não têm um álibi.". Era isso o que o livro me dizia. Era essa a sinopse do livro, se é que podemos chamá-la assim. Foi isso o que me atraiu. Uma frase de efeito, que atingiu o objetivo. Pensei "Por que não?". Comprei. Foi uma das melhores coisas que eu fiz esse ano.
         
           A trama é surpreendente de um modo que, devido a uma certa experiência com leitura, eu JURAVA que sabia como ia acabar. Mas não. Errei. Giorgio Faletti consegue te envolver e surpreender. Ele dispensa diálogos e personagens inúteis: todos e tudo tem alguma importância na história, por menor que seja. TUDO tem um propósito, e todos os pontos e personagens estão, de alguma forma, interligados. Mas nada disso será explicado até o final do livro. E, quando você pensa que não pode se surpreender ainda mais com todos os "caos e acasos" dos quais Bravo fala, Giorgio mostra que mais surpresas virão.

         A narrativa é diferente (de uma forma boa), com a qual nunca havia me deparado antes. O modo como Bravo conta a história é calmo, mas não deixa a desejar e muito menos torna a história entediante. Eu poderia até compará-lo a Edward Norton lindo, sedutor e maravilhoso em "Clube da Luta"... Chega até a ser poético. Por fim, você vai querer sentar para tomar um café com Bravo. Sério.

PS: Para quem não sabe, Giorgio Faletti é o autor de "Eu mato" e "Eu sou Deus' que, segundo dizem, são épicos.
       

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Fazer dieta ou passar fome? Qual vai ser?


                  Estava ~surfando~ pela internet, quando vi o seguinte artigo: "Comer pra que? Fazer jejum está na moda!"e fiquei meio sem entender... Por vários motivos. Não, não sou burra, nem tapada para não entender que tem gente que passam 65745564666 dias sem comer, isso até uma criança de cinco anos de idade entende! Mas, assim... Sério.
          
                  POR QUE uma pessoa em sã consciência deixaria de COMER, que é uma coisa tão boa, pra ficar magra? Eu não estou dizendo que todo mundo deve ficar gordo, que deve deixar de ir para a academia e essas coisas todas, né, minha gente... Mas fico me perguntando o que se passa na cabeça de uma pessoa que deixa de comer porque, segundo REZA A LENDA, ela ficará mais magra e com mais energia! (a minha gordinha interior e a exterior também se espanca e chora em desaprovação!)

                Glória Maria me aparece com uma dessas: “Trouxe para casa um kit que ajuda no processo, com xarope e vitaminas, experimentei e amei, nunca mais deixei de comprar. Quando faço, me sinto cheia de energia e muito, mas muito magra!”. E eu só fico me perguntando duas coisas: primeiro, MINHA FILHA, COMO VOCÊ CONSEGUE PASSAR FOME? E segundo, COMO É ISSO DE SE SENTIR CHEIA DE ENERGIA, SE SENTIR MUITO MAGRA, TUDO BEM, NÉ, PORQUE VOCÊ ESTÁ QUERENDO COMPETIR COM AS CRIANÇAS NA ÁFRICA, MAS ENERGIZADA??? Minha gente, eu preciso COMER pra me sentir energizada, sério. Se eu não comer, eu não consigo nem me levantar da cama, quem dirá fazer alguma coisa que um ser humano faz! OK, vamos fazer três perguntas: COMO É ISSO, DEPOIS DE PASSAR UM ANO DE FOME, VOCÊS NÃO COMEM ATÉ UM RINOCERONTE, NÃO? Porque, se eu passasse um dia sem comer, eu acho que comeria um rinoceronte assado, uma vaca crua e três porcos com molho agridoce, risotto e ainda pediria por um pote de sorvete de sobremesa!

              Sei lá, não consigo ficar mais de três horas sem comer, imaginem três dias! Seria impossível pra mim! Comer é bom e pronto! “Jejum” é só um nome bonito e chic que ~a sociedade~ e ~o homem capitalista~ dão para “passar fome”. As crianças da África não passam fome, mas Gwyneth Paltrow e Salma Hayek ~fazem jejum~. Não tem diferença. E, pra mim, não importa se a sensação, segundo dizem, de fazer esse jejum é me sentir magra e energizada, eu prefiro a sensação boa que invade meu corpo quando eu como uma coisa gostosa. Muito melhor!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

BILLIE JEAN IS NOT MY LOVER...


                   Estava pensando sobre pessoas inteligentes e o modo como elas demonstram isso para as pessoas ao redor delas. Alguém além de mim já parou para perceber que tem gente extremamente inteligente mas que, quando abre a boca pra falar, você já está abrindo a boca para bocejar, de tão entediante que ela parece ser? Mas existem outras que, quando abrem a boca para falar, você apura os ouvidos para ouvir o que ela tem a dizer.
                
               Talvez seja o tom de voz e a postura das pessoas que te fazem querer ou não ouvir o que elas tem a dizer. Talvez seja o amor e empolgação que elas usam para falar. Às vezes eu acho que existem pessoas que acham que ser inteligente é tanto uma obrigação (o que, na minha opinião, é uma obrigação), quanto demonstrar para os outros que elas são inteligentes. E aí existem outras pessoas que são inteligentes e mostram isso a você de uma forma tão natural que te faz sentir prazer em conversar com elas.
               
              Acho que a diferença entre essas pessoas é que as que tornam esse “ser inteligente” uma obrigação é o fato de que, muitas vezes, essas pessoas só fazem isso para meio que humilhar e diminuir as outras pessoas.  “Conhecimento é poder”, isso é bem verdade, mas ninguém tem que agüentar uma pessoa assim. Aliás, ninguém tem que agüentar, e ninguém quer. Pessoas assim acabam se tornando chatas e levando outras pessoas a sentirem vontade de dar tiros nelas. Sério. Eu sei porque comigo é assim.
            
              E então aparece aquela pessoa que não faz isso por exibicionismo, que é uma coisa natural de quando se está conversando com ela. E nos olhos dela, na empolgação, você vê que a pessoa não está falando com você sobre algo que ela entende porque ela se obrigou a saber. Você vê que a pessoa fala sobre o que ela gosta, apenas isso. E existem pessoas que amam o saber. Existem pessoas que gostam de aprender, de saber sobre o que estão falando. E são elas que vão ficar caladas quando não souberem de algo, vão ouvir e aprender. Do tipo de gente que se limita a falar besteira. Uma companhia agradável. O tipo de companhia que todo mundo deveria procurar ser. E que todos deveriam procurar ter.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

~ Hair.

             Quem não gosta de musicais, que feche a janela agora, ou continue lendo para sempre (até o final do post, I mean)! Principalmente se forem musicais antigos. Porque o filme de hoje é um musical de 1979. Por que? Porque esse musical é o amor da minha vida. Porque eu adoro assisti-lo em dias chuvosos. Ou em dias de sol. Ou em dias normais. Ou todos os dias. Antes de entrar no tema do filme, é impossível não fazer uma brevíssima retrospectiva histórica, só pra localizar vocês. Cinco palavras já são o suficiente: guerra do Vietnã e hippies. Preciso dizer mais?
             
             O filme é de 1979 (OK, só porque ele tem 34 anos, não quer dizer que seja ruim), e foi baseado numa peça da Broadway, conta com um excelente cast e ótimas músicas. Dessas músicas, tenho certeza que todo mundo já ouviu pelo menos uma dessas: "Age of Aquarius", ""Let the Sunshine In" e "Hare Krishna" (essa, pelo o que eu me lembro, tocou em alguma novela da Globo, na época que eu ainda assistia novela. Ou seja, há muito tempo).

             A história contada é a de Claude Bukowski (John Savage), que chega de Oklahoma a NYC com a finalidade de se alistar no exército, e conhece George Berger (o melhor e mais carismático de todos), interpretado pelo lindo, maravilhoso, talentoso e fofíssimo Treat Williams, a sem noção Jeannie, Woof lindinho e Lafayette (mais conhecido como Hud, e que não é o Lafayette diva de True Blood) e Sheila, por quem Claude se apaixona. Então, com esses novos amigos e um amor, Claude se vê num dilema: ir para o Vietnã e possivelmente morrer lá, ou ficar? Mas isso não é importante. OK, mentira minha.


Porém, o melhor do filme não é o amor de Claude e Sheila, são as músicas. E uma certa lição de vida: até onde uma amizade pode levar duas pessoas e, ainda, qual destrutiva ela pode ser? Além disso, fala de tabus, como a sexualidade na época, preconceito e drogas. Pois é, assim que coloca os pés em NYC, Claude experimenta um baseado. Depois, quando consegue sair da prisão porque George resolveu que dançar em cima da mesa de um baile chiquérrimo seria uma ideia épica (e foi), Claude, num acampamento hippie, dá uma super viajada com LSD, que ele recebeu de um cara
super parecido com John Lennon (eu acho parecido).

             Finalmente, "Hair" é do tipo de filme que pode ser assistido a qualquer hora, e com qualquer pessoa (menos comigo, que já decorei as falas), até mesmo com familiares, porque não há nudez. Aliás, é um filme sobre hippies, né... Tem nudez, mas não tem putaria. Mesmo que você esteja afim de parar para ver e analisar todos os caracteres da época que foram mostrados no filme, "Hair" pode ser só curtido, só como um passatempo, só para não ficar em casa sem fazer nada de interessante no domingo ou num feriado.

PS: Obrigada à minha mãe e avó (que foi 07 vezes assistir "Hair" no cinema, na época), que me disseram para ver o filme. Foi um dos melhores conselhos que elas já me deram, e foi uma das melhores coisas que já fiz na vida. Sério.

domingo, 21 de abril de 2013

Descomplicando e devaneando.

              "Deveria estar dormindo, mas...", essa é a frase da minha vida. Nessa madrugada que passou, eu estava na cama, curtindo minha insônia, quando comecei a pensar sobre amizade. Não falo da amizade falsa, aquela que é lógico que rola algum tipo de interesse, mas da amizade, pura e simplesmente despretensiosa. A amizade que é boa mesmo, a verdadeira. E o que é isso? É aquela amizade sem frescura, que te permite brincar (na medida do possível, todos tem limites) com as pessoas e elas vão saber que é brincadeira. Não vou falar aqui sobre o que as pessoas normalmente falam, aquela história de "estar lá sempre por você", às vezes a amizade é algo mais simples. É vocês estarem no mesmo lugar, calados, e não sentirem que é aquele "silêncio estranho e constrangedor". Às vezes é quando você vai pro cinema com seu amigo pra assistir um filme que ele quer muito ver, só para não deixá-lo ir sozinho. Como humanos, temos o costume de querer complicar tudo mas, em alguns momentos, o maior gesto de amizade é uma coisa pequena, um detalhe ínfimo que ninguém mais notaria. Além de você. 

              É ter conversas sem uma certa malícia destrutiva, essa malícia que você percebe num sorrisinho insolente misturado com um tom de voz de deboche... Não, numa amizade não existe isso. Uma amizade é aquela que as brincadeiras não vão te machucar, que você deixa a pessoa se sentir confortável na sua presença, e vice versa, sem frescurites, sem afetações, sem "pisar em ovos", ou o tal do "rabo preso", é você poder falar livremente, sobre qualquer coisa, mesmo que seja a mais banal possível, todos relaxados. É só... Amizade. E a amizade nada mais é do que pessoas confortáveis na presença da outra. Pronto, descompliquei.

domingo, 14 de abril de 2013

Especial de estreia: Sherlock Holmes.

                       Depois de muito considerar, resolvi fazer outro blog. Por que? Por causa de motivos. Deu vontade. Se ninguém ler, eu só lamento. Mas ter um lugar onde colocar meus devaneios sobre livros, filmes e séries vai ser bom para mim e, espero, para todas as pessoas que queiram entrar nesse mundo LINDO e cheio de amor. Então, como boa Sherlockiana que sou, COMO NO MUNDO, o "especial de estreia" poderia ser sobre outra coisa que não Sherly (para os íntimos) e John? De tantos livros e contos do Sir Arthur lindinho e fofo (apesar de ele não amar Sherly tanto assim), e junto com o melhor detetive de toda a história, surgiram tantas séries e filmes, que tanto tomam meu tempo e me causam prazer. É óbvio que, em um post, eu não vou conseguir falar sobre todas as coisas que tenho para falar, porque, acreditem, são MUITAS! Então, vou me focar nas quatro que eu achei mais legais de falar (e, não... Não vou incluir aqui os "Sherlock" com Robert Downey Jr. e Jude Law).

- Livros: Quando comecei com todo esse amor por Sherly, eu tive um pouco de dificuldade em encontrar a ordem adequada para ler os livros e contos do tio Arthur em português, então, resolvi facilitar a vida das pessoas e fazer a lista dos casos escritos pelo Doutor John Watson. Não vou me estender e falar muito de cada história, pois sou uma distribuidora de spoilers ambulante. Sempre falo alguma coisa indevida, sem querer, então vou me abster apenas à lista.
1. "Um estudo em vermelho" - 1887
2. "O signo dos quatro" - 1890 (esses dois são os meus preferidos até agora)
3. "As aventuras de Sherlock Holmes" - Inclui vários contos como "Escândalo na Bohêmia", no qual há a aparição da rainha Irene Adler.
4. "As memórias de Sherlock Holmes" - Que também inclui vários contos.
5. "O cão dos Baskervilles" - 1901
6. "A volta de Sherlock Holmes"
7. "Vale do medo" - 1914
8. "O último adeus de Sherlock Holmes"
9. "Os arquivos de Sherlock Holmes".

Mas é óbvio que essa lista é resumida, porque cada um desses livros acima mencionados que não tem data, são vários contos reunidos. No entanto, os contos também podem ser encontrados separadamente em edições de bolso. Ou seja, com preços bons! Além disso, há várias edições diferentes, que misturam outros contos que não estão misturados nesses. E, para finalizar, segundo reza a lenda, TODAS essas histórias podem ser encontradas em um volume único. Mas, para falar a verdade, eu nunca vi para vender em lugar algum...

- Andrew Lane: Não... Ele não é o tio Arthur. Mas ele também escreve histórias sobre Sherly! As histórias se passam na infância e adolescência de Sherlock, o primeiro livro de todos se passa quando o detetive tinha apenas 14 anos de idade, muito tempo antes de conhecer John Watson. A saga tem cinco livros até agora (ainda não tive tempo de saber se realmente vale a pena lê-los), mas apenas os três primeiros já foram lançados no Brasil. O primeiro deles é o "Nuvem da morte" e, não conta o caso Carl Powers (como eu sonhava que fosse), conta o primeiro caso da vida de Sherlock, e como ele entrou para a vida das deduções. A sequência: "O Parasita vermelho", "Gelo Negro", "Fire Storm" (sim, vai ficar assim mesmo) e, finalmente, "Snake Bite", que ainda não tem título confirmado para o Brasil. Esses dois últimos, sem data de lançamento confirmada pela Intrínseca até agora. Apesar de não ser escrito pelo Sir Arthur, acho válido dar uma conferida...

- Sherlock, da BBC: ALGUÉM ME SEGURE, OU EU NUNCA MAIS VOU PARAR DE ESCREVER! É o seguinte... Se eu já sou apaixonada pelo Sherlock Holmes dos livros, sou MUITO mais apaixonada pelo sociopata funcional Sherlock Benedict Cumberbatch (que aparece usando apenas um lençol no palácio de Buckingham). Pela série, então, nem se fala! Sherlock é uma série inglesa, criada por Mark Gatiss e Steven Moffat, os dois maiores destruidores de vida do mundo! Por que? Primeiro, a série só tem duas temporadas até agora e, cada temporada com apenas três episódios. Isso mesmo, TRÊS episódios. Pelo menos, para compensar, cada episódio tem uma hora e meia de duração, né... Cada episódio trata de um caso. Ok, até aí, tudo bem... Cadê a genialidade da coisa? Eu digo: a história se passa em tempos modernos, ou seja, com celulares, adesivos de nicotina, computadores e blogs. Cada detalhe dos contos do Sir Arthur é adaptado para o século XXI. Sherlock não fuma mais cachimbo, usa adesivos de nicotina, mas manteve o violino e a pesonalidade. John agora escreve num blog! Irene Adler é uma dominatrix, mas para visitá-la, Sherlock se passa de padre. Mas o melhor de tudo isso são os atores. Benedict Cumberbatch ( sua voz viril e suas lindas maçãs do rosto) como Sherlock, Martin Freeman dando um show de atuação como Doctor John Watson e Andrew Scott como Moriarty. Na minha opinião, o MELHOR Moriarty de todos os tempos, comicamente malvado e divo. Não... Ele não é gay. Pelo menos, não acho que ele seja. Mas ele é apaixonado por Sherlock (quem não é?). É meio difícil explicar, é melhor assistir para entender.

- Elementary: Apesar de nunca ter dito a frase "Elementar, meu caro Watson", as pessoas colocaram na cabeça que Sherly vivia falando isso. E, para desvincular a série americana da série da BBC, este foi o título escolhido para a história de um Sherlock Holmes (Jonny Lee Miller) vindo diretamente da Inglaterra para New York com a finalidade de tratar alguns probleminhas pessoais (drogas) e que vive com uma médica, que foi contratada pelo próprio pai de Sherlock para cuidar dele. Isso mesmo, a médica é a versão feminina de John Watson, Drª Joan Watson, interpretada por Lucy Liu. Particularmente, não sou muito fã da série, não consegui assistir mais do que um episódio, mas muita gente afirma a qualidade da série. No meu caso, seria impossível não comparar Sherlock da BBC e Elementary. Para mim, não deu muito certo e Elementary saiu perdendo.

Enfim... É isso! O post saiu um pouco maior do que eu esperava, mas não é minha culpa! Espero, sinceramente, que quem leu goste e continue visitando o blog. Não sou lá muito boa em finalizar textos, muito menos em despedidas.

xxx